A música "Querência" foi a escolhida pela prenda do mês de Abril, Dominicke Marca, como sua preferida.
Composição: Anomar Denúbio Vieira
um cerne de curunilha
palanqueador de tropilhas
cravado num chão sulino
sob a luz de um céu divino
o campo que não se entrega
a pata e peito de égua
vai ressabiando o destino
A várzea se estende longe
vista do fundo das casas
e um campeiro cria asas
repassando a bagualada
quem tem olhos de invernada
e ânsios de crioulo no peito
faz o que deve ser feito
e o resto ajeita na estrada
A fibra desta querência
vem das lidas campo à fora
trazendo pátria na espora
e no cantar do fronteiriço
mesca de ciência e feitiço
timbrada a berro de gado
e a bufo de mal-costeado
que se amansou no serviço
De dia... Sol e nuances
De noite... romances e lua
Nesta querência xirua
cada vez mais entonada
Aparte, tombos, bolcadas
pealos, rodeios, carreiras
e um sotaque de fronteira
Pa hablar de una jineteada
Um paraíso é quem ronda
de tropa mansa e serena
A velha estância torena
postal de pampa e coxilha
Jaz mineiros, maçanilha
enchendo o pago de flores
E para entreter dissabores,
fumo bueno e figuerilha
Rincão de gente gaúcha
vida, terra e liberdade
quem se vai, sente saudade
quem volta bendiz a Deus
o mundo é feito de adeus
de apeie e chegue pra diente...
quem busca um sonho distante
acha bem perto dos seus.
no verso 5 está faltando duas frases, ele é assim:
Um paraíso é quem ronda
de tropa mansa e serena
A velha estância torena
postal de pampa e coxilha
Jaz mineiros, maçanilha
enchendo o pago de flores
E para entreter dissabores,
fumo bueno e figuerilha
Obrigado Rovani, por sua observação.
Seja sempre bem vindo(a) ao Gaudérios.
Não é por nada, me corrijam se eu estiver errado, mas na parte do "jaz mineiro" ali, não seria referente a flor Jasmin, e não a morte de um mineiro. Sendo assim ficando "jasmineiro", pelo menos dando sentido ao resto do verso.
Grato.