"Neste fogo onde me aquento remou as coisas que penso
Repasso o que tenho feito para ver o que mereço
Quando chegar meu inverno que me vem branqueando o cerro
Vai me encontrar venta aberta de coração estreleiro
Mui carregado de sonhos que habitam o meu peito
E que irão morar comigo no meu novo paradeiro"
(Veterano, composição: Antônio Augusto Ferreira e Ewerton Ferreira)
"O gosto inato pela cultura sul-rio-grandense levou-o a participar, aos 16 anos de idade, da fundação do CTG Lalau Miranda, em Passo Fundo, e a freqüentar o 35 CTG, em Porto Alegre, na década de 50, época em que passou a publicar poemas de sua autoria sob o pseudônimo de "Tocaio Ferreira". Assim que chegou a Santa Maria, Antônio Augusto passou a fazer parte da Associação Tradicionalista Estância do Minuano (...)."[1]
"Premiado em diversos festivais de música, Ferreira escreveu cinco livros e uma obra que chamam atenção pela musicalidade e pela inspiração no universo campeiro."[2]
Linha de tempo das principais conquistas de Antônio Ferreira
1935 - Nasce Antônio Augusto Brum Ferreira, em São Sepé
1980 - Vence a 10ª Califórnia da Canção Nativa com a composição Veterano.
1985 - Antônio Ferreira lançou seu primeiro livro, Sol de Maio (poesia).
1997 - Segunda obra, Alma de Poço (poesias).
2001 - Ganhou o troféu Negrinho do Pastoreio da Poesia Campeira.
2003 - Publicação de Tio Bonifa e Seu Cachorro Piraju.
- Patrono da Feira do Livro de Santa Maria.
2004 - Eleito para integrar a Academia Rio-Grandense de Letras, (cadeira 28).
10ª CALIFÓRNIA 1980 - 1º LUGAR: VETERANO
Veterano
Composição: Antônio Augusto Ferreira e Ewerton FerreiraEstá findando o meu tempo a tarde encerra mais cedo
Meu mundo ficou pequeno e eu sou menor do que penso
O bagual tá mais ligeiro, o braço fraqueja às vezes
Demoro mais do quero mas alço a perna sem medo
Encilho o cavalo manso mas boto o laço nos tentos
Se a força falta no braço na coragem me sustento
(Se lembro os tempos de quebra a vida volta pra trás
Sou bagual que não se entrega assim no más) 2x
Nas manhãs se primavera quando vou parar rodeio
Sou menino de alma leve voando sobre os pelegos
Cavalo do meu potreiro mete a cabeça no freio
Encilho no parapeito mas não ato nem maneio
Se desencilho o pelego cai no banco onde me sento
Água quente e erva buena para matear em silêncio
(Se lembro os tempos de quebra a vida volta pra trás
Sou bagual que não se entrega assim no más)2x
Neste fogo onde me aquento remou as coisas que penso
Repasso o que tenho feito para ver o que mereço
Quando chegar meu inverno que me vem branqueando o cerro
Vai me encontrar venta aberta de coração estreleiro
Mui carregado de sonhos que habitam o meu peito
E que irão morar comigo no meu novo paradeiro
(Se lembro os tempos de quebra a vida volta pra trás
Sou bagual que não se entrega assim no más)2x
1. http://www.colegioregistralrs.org.br/noticia.asp?cod=188
2. Zero Hora, 17/03/2003.
Obrigada por comentar no meu blog!
Gostei muito do "Gaudérios"! Adoro ler sobre as coisas do nosso Rio Grande!
esse cara ai era meu tio ;-)